"Não basta fazer coisas boas, mas é preciso fazê-las bem."
Santo Agostinho
Recentemente eu li esse texto do economista e escritor Rodrigo Constantino, na página da Gazeta do Povo. Vou transcrevê-lo
quase na íntegra, excluindo apenas a opinião do autor, pois quero dar a minha
própria.
"Em uma ampla
entrevista na última terça-feira, a ícone feminista Gloria Steinem disse à Refinery29 que a mudança climática pode estar diretamente
relacionada à falta de aborto. Steinem, de 83 anos, que ajudou a popularizar a
controversa camiseta 'Eu fiz um aborto', disse ao site que a mudança climática é
uma ‘questão feminista’ porque a superpopulação mundial poderia ter sido
evitada se os abortos fossem mais facilmente acessíveis às mulheres.
'Ouça, o que causa a
mudança do clima é a população', disse ela. 'Se não estivéssemos forçando
sistematicamente mulheres a ter filhos que não querem ou não podem cuidar
durante os 500 anos de patriarcado, não teríamos os problemas climáticos que
temos. Essa é a causa fundamental da mudança climática. Mesmo que o Vaticano
não nos diga isso. Além disso, porque as mulheres são as principais
trabalhadoras agrícolas no mundo, e também as portadoras de água e as
alimentadoras de famílias e assim por diante, é um fardo desproporcional'.
Durante a entrevista,
Steinem também aproveitou a oportunidade para atacar Ivanka Trump, filha do
presidente. Quando perguntada pelo entrevistador se ela achava que Ivanka era
uma feminista, Steinem disse: 'Ninguém na terra acha que ela é uma feminista,
você está brincando comigo?' E observou que Ivanka nem sequer tenta defender o
feminismo. 'Eu não a vi levantando e dizendo que as mulheres deveriam ter o
direito de controlar seus próprios corpos e decidir quando e se ter filhos, não',
disse Steinem.
'Eu a vi sendo
entrevistada pela Cosmopolitan, e ela foi perguntada sobre sua política de
licença de maternidade, mas é só se você fisicamente dar à luz. Não é para pais
adotivos, não é para pais. Essa é a mesma política de qualquer regime
autoritário na Terra que conheço, incluindo a Alemanha de Hitler', disse
Steinem. 'Eu não estou dizendo que ela sabe disso, mas estavam pagando mulheres
para ter filhos. Por acidente, talvez, essa é a sua política'."
Tudo bem, vou expor pelo menos uma das opiniões do autor do artigo, pois
coincide com uma das minhas também. Gloria está comparando incentivos a
maternidade com o Nazismo?
Desviando: Suzanne Venker e Phyllis Schlafly, no livro “O Outro Lado do Feminismo”, listam os dez mandamentos feministas.
1 - Faça muito sexo com muitos
homens diferentes.
2 - Você é livre para fazer
um aborto a qualquer hora por qualquer razão.
3 - Ignore seu relógio
biológico e, se necessário, crie novos métodos de concepção.
4 - Invista em carreiras que
exijam bastante e pague outras mulheres para criar/educar seus filhos.
5 - Não sinta-se culpada por
investir em carreiras que exijam bastante e por pagar outras mulheres para
criar/educar seus filhos.
6 - Você é livre para se
divorciar a qualquer hora e manter a custódia dos filhos.
7 - Faça inseminação
artificial se você não se casar, mas ainda assim quiser ter filhos.
8 - Deprecie os homens até
que a masculinidade deles desapareça.
9 - Não tome o sobrenome de
seu marido.
10 - Menospreze todas
as donas de casa e mulheres conservadoras.
Poxa, o terceiro, o oitavo e o décimo são bem fortes. Porém, não pense
que as autoras do livro concordam com os mandamentos. Para esclarecer, segue a
sinopse da publicação:
"Rejeitar o feminismo
significa rejeitar a igualdade para as mulheres? Suzanne Venker e Phyllis
Schlafly dizem que não, porque não é disso que trata o feminismo. Rejeitar o
feminismo significa reconhecer que as mulheres não precisam do feminismo para
fazê-las iguais aos homens porque já são iguais a eles - elas e eles apenas não
são o mesmo. Reconhecer que o feminismo falhou em sua missão, que é baseado em
premissas e argumentos falsos, e que ele leva a uma barreira entre homens e
mulheres, e até mesmo entre mulheres e mulheres, é um primeiro passo para se
recuperar. E cabe às mulheres sensatas pôr um fim nisso tudo."
Desviando do desvio: Há um monumento erguido pela Ordem Rosacruz, no estado da Georgia, EUA. Nele estão expostos os dez mandamentos da
Nova Ordem Mundial e o primeiro da lista é, "manter a população mundial abaixo de
500 milhões". Eu poderia perguntar, quem se habilitaria em ceder o seu lugar?
Talvez os integrantes da Rosacruz tenham feito essa mesma pergunta e o grupo
não exista mais. Aliás, já falei aqui sobre colocar nossos
princípios à prova.
Voltando tudo: As declarações de Gloria Steinem, desta vez revestindo o
feminismo com um ativismo ambientalista, validam o vídeo que citei neste post, da especialista Isabela Mantovani, apresentando dados que demonstram
que a ideologia do aborto é uma estratégia para controle populacional.
Se a senhora Steinem sugerisse a redução de investimentos na saúde ou na
produção de alimentos, uma vez que o crescimento populacional está ligado diretamente
a esses aspectos, nós os tomaríamos por ideais ao invés do objetivo verdadeiro,
a redução do número de pessoas vivas? Por que o aborto tornou-se a causa a ser
defendida? Isso é o que me deixa chateado. Nós tomamos os métodos como se
fossem os ideais e, nesse caso, passamos a defender interesses alheios. Somos
vulneráveis e vivemos como se fossemos donos dos nossos próprios narizes.
Desviando de novo: Se levarem as afirmações e as perguntas até o ponto
certo, podem fomentar em nós o ativismo ou o idealismo que desejarem. Eu não
tenho uma conta no facebook, mas fiquei sabendo da figura abaixo:
Concordo com a mensagem em gênero, número e grau, mas com uma única exceção,
ela está incompleta. E uma vez que seja parcial, ela passa a ser tendenciosa e
manipuladora. Ela deixa de defender um ideal e passa a defender um interesse.
Explico minha opinião, o que faltou nessa figura foi uma segunda pergunta: "e se
você fosse cego, desejaria fazer tatuagens?"
Voltando: Quais são os ideias com os quais concordamos? Pensamos sobre
eles? Nós os buscamos, ou eles nos encontraram? Sabemos o que significam, ou queremos
ser aceitos? Nossas escolhas tem
alguma relação com o número de pessoas que concordam com elas? Refletimos sobre os princípios de outrem, ou suas influências são suficientes? Somos alienados, desinteressados,
negligentes, egoístas, ou achamos que o preço não vale a pena? Somos definidos por nossas palavras, nossas ideias ou nossas vidas?
O amor é paciente, o
amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não
procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não
se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13: 4-7